"Deveria eu agradar a multidão profana,
Rebaixando Tua verdade,
Ou tornando em lisonjas
O que de minha língua emana?"
John Wesley
Rebaixando Tua verdade,
Ou tornando em lisonjas
O que de minha língua emana?"
John Wesley
Segundo J.N. Darby (Col. Writings, Vol. 18, Pag. 191), ninguém sabe o dia em que Cristo nasceu. Clemente, que viveu no segundo século, se referiu às especulações acerca da data de nascimento de Cristo como "superstição". Orígenes, por volta do ano 245 d.C. considerava ridícula a idéia de se fixar uma data natalícia para o Senhor, e se referia a isso como algo "pecaminoso". No quinto século, a Igreja de Roma registrou que não existia "um conhecimento seguro" a respeito, e a New International Encyclopedia afirma que "é desconhecido quando isso se originou,... mas é quase certo que 25 de dezembro não pode ser...". Segundo a American Encyclopedia, o Natal foi celebrado pela primeira vez pela Igreja em Jerusalém no ano 440 D.C., e também registra que "no quinto século a Igreja Ocidental (Roma) ordenou que fosse celebrado."
A Origem do Natal
A Tradição dos Anciãos (Mt 15:2)
Sendo assim, a tradição que emanava do "deus deste mundo" (II Co 4:4), brotou por meio do paganismo, foi transplantada para o Cristianismo por antepassados infiéis, e aperfeiçoada pela Igreja de Roma, "a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra" (Apoc 17:5). Assim como as crianças são levadas a acreditar em Papai Noel, a Cristandade tem sido enganada por cegos que são guias de cegos (Lc 6:39).
Não deveria isso inundar o coração de vergonha e nos levar a lamentar e chorar por todas as abominações praticadas na Cristandade neste tempo de Laodicéia, que desonram o nome de nosso bendito Salvador? (veja Sl 119:158; Jer 15:15-17; Eze 9:4; Fp 3:18,19). Como podemos participar de tamanha farsa? O que se dirá disso perante o tribunal de Cristo? Tudo isso nos fala de um "outro Jesus" -- um Jesus bem ao gosto do povo, adaptado a este mundo (II Co 11:4)! O "espírito Natalino" não vem do Espírito Santo mas trata-se de "outro espírito" (II Co 11:4). "O espírito do mundo" (I Co 2:12) "não é do Pai, mas do mundo" (I Jo 2:16).
Um Mundo Insensível
Quando Cristo, Deus manifestado em carne, nasceu, neste mundo "não havia lugar" para Ele (Lc 2:7). "Era desprezado, e o mais indigno entre os homens" (Is 53:3). "Eles bradaram: Tira, tira, crucifica-o" (Jo 19:15). "...e o levaram para ser crucificado" (Mt 27:31). Este mundo é culpado pelo assassinato do Filho de Deus!Cuidado, frívolo mundo! "Não erreis: Deus não se deixa escarnecer" (Gal 6:7). Pois breve Ele virá requerer o sangue do Seu Filho que foi derramado.
Nos aborrece ver a irreverente entrada dos ímpios na Cristandade sem qualquer consciência de seus pecados e nem tampouco qualquer disposição de coração para com o Senhor. O mesmo pode ser dito acerca da multidão de pessoas batizadas, que professam o Cristianismo, sem nunca haverem passado da morte para a vida (veja Jo 5:24; I Jo 3:14). Mas dói ainda mais quando vemos aqueles que são "filhos da luz" (Ef 5:8,14-17; Fp 2:15; I Tess 5:5-10; I Pd 2:9) agirem em total ignorância ou indiferença acerca da origem maligna dessa tradição, levados pela corrente e procurando celebrar tal data da maneira que lhes parece a melhor possível -- talvez até mesmo usando alguns versículos das Escrituras, ou ministrando aos necessitados, ou cantando "hinos de Natal" (veja Deut 12:8; Rm 12:2).
O Senhor nunca nos pediu para celebrarmos anualmente o Seu nascimento (ou Sua ressurreição, como é o caso da Páscoa, celebrada por muitos cristãos). Ele expressou Seu desejo que celebrássemos a memória da SUA MORTE. Cada primeiro dia da semana (At 20:7), dia da Sua ressurreição -- dia da nova criação -- oferece a oportunidade àqueles que são novas criaturas em Cristo para se reunirem unicamente ao Seu precioso nome (Mt 18:20), fora do arraial (ou sistema religioso adaptado ao desejo do homem; Hb 13:13), para anunciar "a morte do Senhor, até que venha... Fazei isto... em memória de mim" (I Co 11:25,26). Brilha um tênue raio de luz --
Alguns, que sentem sua própria ruína,
Buscam, por fé, caminhar com Jesus.
Depois de publicar o texto acima, de autor desconhecido, percebi que convinha colocar a minha posição pessoal a respeito do Natal. Minha intenção ao publicar o texto acima foi esclarecer sua origem e alguns elementos por detrás dessa festa que é às vezes confundida como uma celebração bíblica, quando na verdade não é.
Todavia, creio que falta ao texto a resposta para uma pergunta feita por muitos cristãos: Como se comportar quando se tem familiares que comemoram o Natal?
Quando olho para trás, depois de mais de 30 anos de convertido, vejo que muitas vezes errei por meu excesso de zelo e carência de graça. Os judeus nos tempos de Jesus eram zelosos, tão zelosos que se preocuparam em providenciar para que o corpo de Jesus fosse tirado da cruz na sexta-feira para não transgredir o mandamento do Sábado. Não é à toa que o Senhor disse que os fariseus coavam o mosquito e engoliam o camelo.
Quando meus filhos eram pequenos levei a questão do Natal a ferro e fogo, deixando até mesmo de dar presentes nessa data, mesmo quando participávamos das reuniões familiares nas quais meus sobrinhos e outras crianças ganhavam seus presentes. Felizmente meus filhos não ficaram com qualquer problema em relação a isso, mesmo porque os presentes acabavam vindo em outra data qualquer.
Hoje eu não faria assim e nem aconselharia alguém a agir com o mesmo rigor. Ainda que não exista base bíblica para se celebrar o Natal como uma celebração religiosa, em muitas famílias a festa já nem tem qualque conotação religiosa, sendo apenas mais um costume cultural de reunião familiar, como é o tradicional jantar ou almoço do dia de Ações de Graças das famílias norte-americanas.
É importante lembrar que o cristão deve andar neste mundo como luz e sal. Luz, para refletir a Cristo e Sua graça para conosco, e sal para mostrar que as coisas de Deus têm um melhor sabor.

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